Galeria Jarouche

LEON FERRARI

1920 – 2013 | BUENOS AIRES | ARGENTINA

León Ferrari, Buenos Aires, 1920, foi um artista conceitual argentino. Segundo The New York Times, era um dos cinco artistas plásticos mais provocadores e importantes do mundo. Os pilares de sua obra foram as guerras, todas as formas de intolerância e a religião.

Em sua prática artística, faz uso de distintas linguagens como a escultura, o desenho, a caligrafia, a colagem, a assemblage, a instalação e o vídeo. Este conjunto heterogêneo de práticas integra temas que revelam tanto seu caráter de pesquisador e ativista como a investigação estética da linguagem, o questionamento do mundo Ocidental, o poder e a normatização que ditam os valores da Religião, da Arte, da Justiça e do Estado, a reverência à mulher e ao erotismo e a representação da violência. A repetição, a ironia e a literalidade também são recursos de sua poética, reconhecidos desde suas obras iniciais.

Na década de 1960, os desenhos e as esculturas de Ferrari são permeados, em especial, pelo questionamento ético da religião e a denúncia contra o Imperialismo. Em 1976, um golpe militar forçou o artista e sua família a deixar Buenos Aires, mudando-se para São Paulo, onde permaneceram até a década de 1990. Durante sua permanência no Brasil, Ferrari integrou-se ao circuito de experimentalismos local, envolvendo-se com o processo de revitalização da linguagem através da produção de heliografias, fotocópias, instrumentos musicais, concertos e arte postal. Ao retornar à Argentina, o artista continuou a produzir obras de arte politicamente engajadas, questionando os desaparecimentos que aconteceram durante a Ditadura Militar.

SEM TÍTULO
1986
HELIOGRAFIA SOBRE PAPEL
68 X 75 CM
27/100